sábado, 14 de outubro de 2017

Quando você faz 30 anos... não dá mais para fingir! É impossível trabalhar em um lugar que você odeia... é impossível namorar quem você não ama... e é impossível não se cuidar! Depois dos 30... você está mais sintonizado com o seu corpo... seu coração e sua alma.
Algumas mudanças são difíceis… seu corpo começa a rejeitar algumas coisas como excesso de café ou ficar bêbado e acordado a noite inteira. Seu coração começa a se interessar menos por explorar livremente por aí e mais por intensificar algo com quem você realmente gosta.
Sua essência está mais conectada com os seus verdadeiros desejos. Aos 30... vc para de enganar tanto as pessoas. E, consequentemente... Vc também para de se enganar. Aos 30... vc começa a perceber quem é e o que quer. Aos 30... vc está confiante sobre as suas qualidades... mas também conhece seus pontos fracos. Aos 30... vc substitui desculpas esfarrapadas por verdades. Aos 30... uma ressaca não é mais uma leve dor de cabeça no domingo de manhã… É tipo o pior dia da sua vida.
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Quando eu fiz 30 anos... eu resisti à muitas dessas mudanças. Eu chorei quando o médico me mandou tomar menos café e mais Omeprazol. Eu fiquei indignada quando fiquei bêbada com duas cervejas e ainda me senti morta no dia seguinte. Senti que tinha algo errado comigo por não querer aproveitar a noite de sexta.
Quase 6 anos depois... eu estou apaixonada pelos meus 30 e poucos anos.
Eu faço o que eu quiser das minhas noites de sexta. Geralmente... eu assisto uma serie... Arranco a roupa assim que chego em casa... e me deito por volta das 9. Se eu saio... faço coisas como buscar uma pizza. Quando eu tinha 24....vc jamais me encontraria em uma pizzaria em plena sexta-feira. A não ser que estivesse rolando uma festinha hipster no estúdio…
Claro que ainda tomo uma ou outra taça de vinho, mas minha semana não gira mais em torno de beber. Quando me perguntam se eu quero fazer alguma coisa.... eu já imagino um programa ao ar livre ou uma viagem para algum lugar legal... e não necessariamente beber.

Eu achava que gente que acorda cedo vinha de outro planeta. Lembro que uma vez, durante a faculdade, cheguei na casa dos meus pais com um amigo lá pelas 5 da manhã, depois de uma balada. Cheguei tropeçando em mim mesma... de tão bêbada... e dei de cara com o meu pai. Ele já estava acordado e amarrando o tênis, pronto para correr. Ainda não cheguei nesse nível de acordar às 5 da manhã.... acho que é um hábito que começa lá pelos 50. 
Aos 20...vc quer ser amigo de todo mundo. Tudo gira em torno de conhecer gente nova para sair. Tem aquilo de no sábado vai rolar tal coisa, que quase sempre se resume em 5, 10 ou 20 amigos aleatórios no bar ou na balada.
Aos 30, esses rolês começam a ficar insuportáveis. Você já sabe quais são seus amigos de verdade. Depois de anos de vamos marcar alguma coisa, essas saídas são substituídas por programas mais intimistas. É claro que... de vez em quando...eu topo uma festinha... mas geralmente prefiro conversar com alguém que seja realmente importante para mim... que faça parte da minha vida e que eu gostaria que estivesse na minha vida.... e não alguém que só curte as minhas fotos no Facebook.
É uma delícia cuidar do seu corpo e do seu coração com mais carinho... ser fiel à quem vc e ao que vc deseja. Inclusive
... ficar em casa em uma sexta-feira e aproveitar a vida com quem você realmente quer.
Essa é a alegria de ter 30 e poucos anos.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

... se me conhecer.... então sabe bem q não me faltam palavras.... posso manter uma conversa sem qualquer adrenalina mental sobre cabelo... política... viagem... família... sonhos.... religião ...
Consigo discorrer longamente sobre filmes... livros... programas de TV... música... artigos acadêmicos... e até de memes moderninhos...
Analisar a fundo as notícias falsas q se espalham e formar opiniões profundas sobre quase qualquer assunto q seja jogado na mesa.... mas eu não sei falar de amor!
Confesso... q mesmo nas torpes tentativas de aspirante a escritora... já tentei por diversas vezes dispor palavras e frases e pontos continuando em rascunhos romantizados... já me peguei anotando frases soltas em guardanapos de papel e decorando pequenos fragmentos de textos q se formaram durante o banho.... porém... falar de amor... amor mesmo... como é... nunca consegui.... sempre falta palavras... elas fogem...
Hoje... quando olho para trás... me pergunto se essa grande dificuldade não vinha da minha ignorância frente ao sentimento mais famoso de todos. A gente se engana... não é mesmo?! A gente se engana ao cair de amores por histórias de cinema... músicas românticas... e contos felizes por aí... a gente se engana q o q quer sentir é... de fato... o q a gente sente...
E aí eu conheci você... conheci de novo!
Não posso dizer q foi amor à primeira vista... à segunda ou à terceira... até porque não sei dizer exatamente se eu q sinto amor por você ou se você é o próprio amor e eu sigo o meu caminho.... não sei dizer em q exato momento me apaixonei e fui tomada pelos seus encantos... mas posso dizer q fico mais feliz a cada tique do relógio... Tique-taque...."Tic. Tac"...
Andei pensando… Se usassem a sua foto para descrever o “amor” no dicionário... seria o fim das comédias românticas... Tolice! Seria o fim do cinema como é hoje... da música,... do entretenimento... da televisão.... se os dicionários usassem você para descrever o amor... seria um prejuízo danado....
Pense comigo... se todos soubessem quem você é... não seriam mais necessárias tantas análises e descrições q viram filmes e dramas para narrar as sensações... os sinais... as consequências... Você representa tudo o q há para se dizer sobre o amor e um pouco mais....
Os seus olhos verdes q ficam pequenos quando sorri.... a mão grande q segura com volante e o meu cabelo com firmeza. E a risada! Para onde iriam as serenatas de amor se a sua risada estivesse disponível no Youtube?  E pisca uma sombrancelha enquanto fala com o olhar.. O seu hábito de falar com os olhos... e as suas mãos quando tocam... seguram... engolem as minhas...
Tudo em você diz de um jeitinho só seu: “amor”... Com aquele tom sussurrado q usa quando quer me falar bobagens pela manhã... mas ainda está sonolenta demais para formar orações inteiras. Amor... amor.... amor… ecoam as paredes do quarto...
E eu já não sei se os sussurros saem das paredes brancas... da sua boca... ou... bem da minha... Mas... ué... como pode? Se eu nunca soube falar de amor! Com meu sorriso meio torto... pergunto e respondo aos meus botões: continuo sem saber falar de amor .... essas coisas não se aprendem... É só q... agora... aprendi a falar de você! E... convenhamos... isso basta....